Afinal, Kombucha é ou não um probiótico?

Afinal, Kombucha é ou não um probiótico?

Primeiramente, é necessário apresentar o kombucha para depois sabermos se ele é ou não um probiótico. O kombucha é um chá fermentado, rico em vitaminas, de origem chinesa e que vem ganhando atenção no Brasil nos últimos anos. Ele é produzido a partir de uma colônia de bactérias e leveduras chamada de scoby – Symbiotic Colony of Bacteria and Yeast (Colônia Simbiótica de Bactérias e Leveduras). 

O kombucha tem muitos benefícios para a saúde, como tratamento de doenças inflamatórias intestinais, controle do estresse oxidativo, antidiabético, e atividade antimicrobiana. Porém, o kombucha não é categorizado como uma bebida probiótica por muitos cientistas e autoridades regulatórias. Isso porque o kombucha não possui muitas evidências em relação a quantidade de UFC (unidades formadoras de colônias). Esse valor de UFC varia muito de clima, área geográfica e fonte de inóculo. Além disso, os produtos com probióticos devem ter um quantidade de 106 – 107  UFC/ml e ser resistente à acidez do trato digestivo, sais biliares e atividade microbiana contra bactérias patogênicas. 

Para saber mais de probióticos, acesse AQUI.

Como tornar o Kombucha um produto probiótico?

Nos últimos anos, houve um grande interesse da população mundial por alimentos e bebidas mais saudáveis, desde o mundo dos bióticos até às proteínas, suplementos, e alimentos para a saúde cognitiva. Os alimentos funcionais ganharam popularidade devido aos estilos de vida modernos e mudanças pouco saudáveis nos padrões alimentares. No entanto, muito das vezes o mercado de alimentos e bebidas probióticas se limitam muito aos produtos lácteos. Dessa forma, exclui os consumidores intolerantes à lactose ou dieta vegana. 

Então, seria aí que entraria o kombucha, um produto não lácteo no mercado de bióticos. Apesar do kombucha possuir uma diversidade de microflora, principalmente de Komagataeibacter, Acetobacter, Saccharomyces, Zygosaccharomyces, Brettanomyces e Candida, precisaria ser adicionado um tipo de probiótico, como o L. plantarum Dad-13. O L. plantarum Dad-13 é benéfico para a saúde digestiva porque pode diminuir a E.coli no intestino grosso de crianças e reduz o peso corporal e IMC em indivíduos obesos. Em outros estudos, foi mostrado que a adição de probióticos no processo do produto final, como Lactobacillus rhamnosus e Lactobacillus casei no café de kombucha resultou em bactérias do ácido lático dominando mais do que as bactérias do ácido acético. 

Dessa forma, ao adicionar uma nova cepa de Lactobacillus no kombucha iria viabilizar o kombucha como um produto com a alegação de probiótico. Além de trazer a garantia de que aquele produto trará os benefícios que um probiótico traria. 

Como tornar essa bebida mais atrativa?

Ademais, outro ponto que um recente estudo traz é a planta ervilha borboleta (Clitoria ternateaL) como uma opção de produto para aumentar a atratividade visual do produto para os consumidores. Dessa maneira, a flor de ervilha de borboleta possui antocianinas, o que faz apresentá-la atividade antioxidante. Assim, a bebida traria mais benefícios funcionais para o consumidor. Além dos benefícios funcionais, a flor também serve como um corante natural azul, o que poderia melhorar os aspectos visuais, convencendo o consumidor de que é uma bebida saborosa.  

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REFERÊNCIAS

Athallah Majid a, Aflah, et al. “Probiotic potential of kombucha drink from butterfly pea (Clitoria ternatea L.) flower with the addition of Lactiplantibacillus plantarum subsp. plantarum Dad-13.” Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, vol. 51, no. 1, 2023, p. 102776, https://doi.org/10.1016/j.bcab.2023.102776. Accessed 10 Agosto 2023. 

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