A maior taxa de ingestão de fibras tem relação direta com a redução dos riscos de doenças crônicas não transmissíveis de acordo com periódico britânico
O consumo regular de fibras na dieta já era algo preconizado pelos mais respeitados órgão de saúde. É por isso que uma das mais antigas e conhecidas revistas médicas do mundo, a britânica The Lancet, atestou ainda mais a importância desse consumo para os indivíduos.
The Lancet, fundada em 1823, é uma revista científica sobre medicina publicada semanalmente. É uma das mais antigas e conhecidas revistas médicas do mundo e descrita como uma das mais prestigiadas
Um estudo publicado na The Lancet, realizou meta análises e revisões sistemáticas que incluiu um vasto banco de dados de pesquisas. O resultado da ampla busca foi compilado em um estudo que chamou a atenção.
Uma revisão sistemática é uma pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura sobre o tema e a meta análise é a combinação e sintetização por meio de procedimentos estatísticos dos resultados de vários estudos independentes
Nesse sentido, os pesquisadores foram incisivos em ressaltar que as fibras tem poderosa ação preventiva diante das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que causam milhões de mortes ano após ano em todo mundo.
Segundo os achados do estudo, os indivíduos que consumiram mais fibras tiveram uma redução de 15-30% na mortalidade por todas as causas e também naquelas ocasionadas por motivos cardiovasculares.
Também ganhou destaque o fato de que o maior consumo de fibras tem relação com a diminuição da incidência de doença coronariana, da incidência e mortalidade por derrame, por diabetes tipo 2 e câncer colorretal.
A redução do risco das doenças foi maior para aqueles que ingeriram mais fibras. Diminuindo uma série de desfechos críticos principalmente quando o consumo diário de fibra alimentar estava entre 25 g e 29 g. Além disso, para cada 8 g de fibras a mais consumidas por aqueles indivíduos houve redução:
- -> 19% de eventos cardiovasculares;
- -> 15% de diabetes;
- -> 8% de câncer colorretal;
- -> 7% de mortalidade.
Os dados foram analisados comparando os indivíduos com maior consumo de fibras com os que consumiam menos, perpassando por mais de 135 milhões de pessoas incluídas no estudo.
É interessante destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as DCNT são responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes no mundo, sendo que desses óbitos 16 milhões ocorrem prematuramente (abaixo de 70 anos de idade).
A OMS também aponta que o crescimento das DCNT está intimamente associado com o aumento de quatro principais fatores de risco: tabaco, inatividade física, uso prejudicial do álcool e dietas desbalanceadas. A intervenção em qualquer um destes fatores de risco poderia resultar em redução do número de mortes em todo o mundo.
Como forma de controlar um dos fatores de risco, cresce a importância de uma alimentação saudável e balanceada. Daí ocorre a relevância das fibras nas dietas como componentes alimentares que podem ajudar na prevenção e atenuação destas enfermidades.
Quer conferir mais sobre o estudo?
Acesse o link da meta-análise – relação consumo de fibras x saúde: Link
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