Nos últimos anos, poucas transformações foram tão silenciosas e profundas quanto a que está ocorrendo no universo da saúde intestinal. O que antes era território limitado ao nicho dos suplementos alimentares — restrito a farmácias e lojas de produtos naturais — passou a ocupar as prateleiras dos supermercados, os laboratórios das grandes multinacionais e, mais recentemente, o centro das estratégias corporativas das maiores empresas de alimentos do mundo.
Microbiota ou Microbioma?
O motor dessa transformação atende por um nome: microbioma. O conceito, hoje amplamente discutido em congressos científicos e feiras de inovação, está reconfigurando a maneira como entendemos saúde, doença e, principalmente, alimentação. Em 2024, o mercado global de probióticos ultrapassou a marca dos 70 bilhões de dólares. O crescimento constante, com projeções de um CAGR acima de 8% até 2030, não é sustentado apenas por moda ou marketing. É um reflexo direto da convergência entre ciência de ponta, mudança de comportamento do consumidor e uma demanda crescente por soluções naturais, eficazes e personalizadas.
Um mercado para todos…
Quem acompanha de perto esse movimento sabe que a mudança não se restringe aos pequenos. Pelo contrário. Os líderes dessa nova era são nomes que já fazem parte da rotina de milhões de pessoas em todo o mundo.
A CEO da PROBI e o seu compromisso público com a saúde de todos.
A Probi AB, por exemplo, é uma empresa sueca fundada em 1991, especializada em soluções probióticas baseadas em ciência. Desde abril de 2023, a empresa é liderada por Anita Johansen, que vem reforçando o posicionamento clínico da marca. Em comunicado à imprensa oficial da companhia, Johansen declarou: “Nosso objetivo é ajudar as pessoas a assumirem o controle de seu microbioma, de sua saúde intestinal, e viverem melhor por mais tempo. Com este produto, queremos apoiar especificamente o bem-estar metabólico. Com doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 sendo as duas principais causas de morte globalmente, a necessidade não poderia ser mais urgente” (Probi.com, março de 2023).
E o registro do CEO da Danone.
Esse movimento também é evidente na Danone, multinacional francesa que há décadas trabalha com produtos fermentados. Desde setembro de 2021, a empresa está sob o comando de Antoine de Saint-Affrique, que tem liderado uma renovação estratégica com foco em saúde digestiva. Em entrevista concedida à rede americana CNBC, em outubro de 2023, o executivo afirmou: “A saúde digestiva está no centro da nossa estratégia de crescimento. A ciência do microbioma será uma das maiores áreas de inovação alimentar nesta década” (CNBC, 2023).
A Dra. Ara Katz da americana Seed Health.
Do outro lado do espectro — mais jovem, mais digital e mais radical — está a americana Seed Health, que tem como cofundadora e CEO a empreendedora Ara Katz. Em sua participação no evento TechCrunch Disrupt de 2023, Katz resumiu o posicionamento disruptivo da empresa: “Estamos transformando o conceito de probióticos com base em ciência de microbioma, abandonando o marketing obsoleto e focando em resultados reais, medidos em ensaios clínicos” (TechCrunch, setembro de 2023).
Chr. Hansen também marca presença.
Outro nome fundamental nesse cenário é o da Chr. Hansen, hoje parte da recém-formada Novonesis, após a fusão com a Novozymes. Trata-se da maior fornecedora mundial de culturas microbianas para alimentos e saúde. Em 2020, durante uma coletiva institucional da empresa, Mauricio Graber, então CEO da Chr. Hansen, destacou: “Estamos no início de uma revolução do microbioma. A demanda por soluções naturais, com evidência científica, está mais forte do que nunca” (Chr-Hansen.com, janeiro de 2020). Embora a declaração tenha sido feita antes da fusão, ela antecipa com clareza a direção estratégica que o grupo consolidado vem tomando.
O consumidor já sabe mais.
O consumidor, por sua vez, tornou-se mais exigente, mais informado e mais criterioso. Hoje, já não basta escrever “contém lactobacilos” no rótulo. É necessário informar a cepa específica, os estudos clínicos que a validam, a dosagem necessária e até mesmo o mecanismo de ação no organismo. A busca por credibilidade científica deixou de ser um diferencial e passou a ser um pré-requisito competitivo. Em países como os Estados Unidos, Alemanha, Japão e Brasil, agências reguladoras como a FDA, EFSA e ANVISA estão endurecendo as regras para alegações funcionais. Isso força a indústria a evoluir — e, com ela, toda a cadeia de fornecimento, pesquisa e desenvolvimento.
E a NutriConnectiom dentro do Mundo dos Bióticos.
É nesse ambiente dinâmico, competitivo e ao mesmo tempo promissor que se insere o trabalho da NutriConnection. Atuamos como uma ponte entre a ciência e o mercado, conectando empresas a insights validados, tecnologias emergentes e soluções aplicáveis. Acreditamos que inovação de verdade nasce da intersecção entre conhecimento técnico, visão estratégica e sensibilidade ao comportamento do consumidor. E é justamente essa interseção que exploramos diariamente ao lado de nossos parceiros.
Enquanto o mundo desperta para o potencial transformador do microbioma humano, nós seguimos em campo, acompanhando pesquisas, analisando mercados, identificando oportunidades e antecipando movimentos. Porque, na NutriConnection, não acreditamos apenas em seguir tendências. Nós ajudamos a construí-las.
Se a sua empresa está pronta para liderar a próxima geração de alimentos funcionais, saúde preventiva e personalização nutricional, fale com a gente. Juntos, podemos transformar conhecimento em resultado