Diversas pesquisas mostram que mudanças na microbiota intestinal (disbiose) estão associadas ao desenvolvimento de doenças relacionadas à inflamação crônica como: colite, obesidade, dislipidemias, diabetes, doenças hepáticas, doenças cardiovasculares e também câncer e doenças neurodegenerativas. Para ajudar no tratamento e/ou prevenção dessas comorbidades, a modulação da microbiota intestinal tem sido bastante estudada. E probióticos de próxima geração, como Akkermansia muciniphila e Faecalibacterium prausnitzii, se destacam como possíveis ferramentas preventivas e terapêuticas.
O que são probióticos de próxima geração?
Bactérias que habitam o intestino humano há muito são reconhecidas como importantes contribuintes para a saúde humana, incluindo: nutrição, homeostase energética, resistência a patógenos, entre uma variedade de outros fatores. Dessa forma, a microbiota intestinal pode ser modulada, por meio de manipulação de espécies de bactérias que comprovadamente estão relacionadas a melhora da saúde humana.
Há algum tempo sabe-se que algumas cepas de bifidobactérias e lactobacilos proporcionam benefícios para a nossa saúde. Mas, à medida que nosso conhecimento da microbiota intestinal se expande, pesquisadores também concentraram seus esforços no desenvolvimento novos probióticos a partir de bactérias presentes em nosso intestino, que atuam em prol da saúde. E são essas novas cepas em estudo, com efeitos promissores para a saúde, que chamamos de probióticos de próxima geração.
Quais são os probióticos de próxima geração emergentes?
O intestino humano contém aproximadamente de 1014 bactérias, compreendendo mais de 1000 espécies. Pesquisas recentes têm demonstrado algumas espécies com efeitos benéficos para nossa saúde como fortes candidatas à probióticos de próxima geração. Entre as quais, destacam-se:
- Faecalibacterium prausnitzii
- Akkermansia muciniphila
- Christensenella minuta
- Parabacteroides goldsteinii
- Eubacterium hallii
Os benefícios dessas espécies estão relacionados principalmente aos efeitos anti-inflamatório e protetores contra obesidade, diabetes e dislipidemias.
A próxima geração de probióticos representa um tema de grande relevância para a ciência e para indústria de alimentos, funcionais e nutracêuticos e traz novos desafios para serem enfrentado e boas perspectivas de uso em um futuro próximo.
Referência: https://doi.org/10.1016/j.jfda.2018.12.011