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Como a qualidade dos carboidratos impacta no risco de câncer de mama

Como a qualidade dos carboidratos impacta no risco de câncer de mama

É de conhecimento da nutrição que os carboidratos refinados não possuem os nutrientes e as fibras encontrados nos carboidratos inteiros.

Esse fator, que também se soma a um alto índice glicêmico, configuram duas variáveis ​​relevantes no risco de câncer. Conheça essa relação entre carboidrato e câncer de mama.

Carboidratos refinados x Complexos

Segundo um novo estudo publicado no Nutrition Journal, produtos ricos em farinha branca e arroz branco, os carboidratos refinados, aliado por outro lado, a uma baixa ingestão de carboidratos complexos ricos em nutrientes e fibras de fontes de grãos inteiros, está ligada a uma maior incidência de câncer de mama em mulheres.

“Vários fatores de risco, incluindo genético, estilo de vida e ingestão alimentar, estão relacionados ao risco de câncer de mama”, disseram os autores do estudo.

“Há evidências crescentes de que a ingestão de dieta de alto índice glicêmico também pode desempenhar um papel crucial na etiologia de outros vários tipos de câncer.

Por que os carboidratos se relacionam com o câncer de mama?

Foi levantada a hipótese de que a dieta com um índice glicêmico mais alto poderia aumentar as concentrações de glicose no sangue e insulina, que estão ambas relacionadas com o desenvolvimento do câncer.

No presente estudo de caso-controle, os pesquisadores acompanharam a ingestão alimentar de 461 mulheres do Oriente Médio que tiveram câncer de mama confirmado no último ano.

O estudo comparou a mesma informação com 495 controles aparentemente saudáveis, fornecendo a ambos os grupos um questionário de frequência alimentar validado. 

Os autores do estudo então calcularam o índice glicêmico de cada participante com base no conteúdo de fibra dos carboidratos que os participantes consumiram, junto com as proporções de grãos inteiros para grãos totais e critérios semelhantes. 

Resultados da relação carboidrato

Em comparação com os controles, as mulheres do caso eram um pouco mais velhas, tinham IMC mais baixo, eram mais propensas a ter um histórico familiar de câncer de mama”, disseram os autores do estudo.

Além disso, “mulheres no quartil superior do índice glicêmico tiveram ingestão menor de carboidratos totais, carboidratos sólidos, fibras, proteínas, frutas, vegetais, laticínios com alto teor de gordura, laticínios com baixo teor de gordura, legumes, vitaminas C, D, B6, B9 e B12 do que aqueles no quartil inferior. ”

Uma tendência de associação significativa foi observada entre o IG e as chances de câncer de mama em toda a população após o controle de vários co-fatores potenciais.

Conclusão

Uma dieta rica em fibras oferece muitos benefícios à saúde, incluindo perda de peso, níveis mais baixos de colesterol e diminuição da resistência à insulina”, concluíram os autores do estudo.

Além disso, a fibra pode reduzir os níveis de estrogênio circulante, alterando a microbiota intestinal, o que pode afetar a reativação dos estrogênios conjugados.

A relação entre carboidrato e câncer de mama está muito associado a reabsorção do estrogênio desconjugado e a influencia o metabolismo do estrogênio, que está relacionado aos cânceres dependentes de hormônio, como o câncer de mama.

Além disso, o índice de qualidade do carboidrato está ligado a marcadores inflamatórios, e o conteúdo antioxidante observado em grãos inteiros pode estar ligado à inibição da apoptose celular (morte celular programada), que se relacionaria com a neoplasia.

Fontes

Portal Nutraceuticals World

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