Mundo pós-pandemia: quais serão as tendências de consumo na alimentação?

Mundo pós-pandemia: quais serão as tendências de consumo na alimentação?

Refeições saudáveis que colaborem com a imunidade e proporcionem mais qualidade de vida estão entre os desejos dos consumidores.

Segundo dados publicados pela UCL (University College of London), são necessários, em média, 66 dias para transformar um hábito em rotina. Hoje, com grande parte dos brasileiros há mais de 100 dias em quarentena, é possível afirmar que os costumes adquiridos nesse período já farão parte da vida das pessoas.

O Monitoramento Mindminers, que retrata expectativas e planos dos brasileiros para a vida pós-quarentena, aponta que 39% dos entrevistados afirmam estarem se aventurando mais na cozinha durante esse período e 26% dizem estar se alimentando de maneira mais saudável. Quando questionados sobre essas atividades após o fim da pandemia, grande parte afirma que pretende continuar nesse mesmo ritmo.

Na era da informação os consumidores estão mais atentos ao que compram, principalmente no que diz respeito à alimentação. Conhecer os valores nutricionais e entender se o que é oferecido pelo alimento supre as suas necessidades está entre as prioridades dos que buscam mais qualidade de vida.

De acordo com um estudo realizado pela Euromonitor, o consumo de alimentos saudáveis vem crescendo no Brasil nos últimos anos. Dados indicam que, entre 2009 e 2014, o mercado de alimentação ligado à saúde e ao bem-estar cresceu 98% e o setor ainda movimenta US$ 35 milhões por ano no país.

Ao serem questionados sobre hábitos de consumo, 28% dos brasileiros dizem que consumir alimentos nutricionalmente ricos é muito importante e 22% opta por comprar alimentos naturais e sem conservantes.

A busca por uma alimentação mais saudável faz com que o mercado tenha que se adaptar, seja a curto ou longo prazo. A pesquisa realizada pelas empresas Galunion e Qualibest, que aborda os impactos da Covid-19 nos consumidores e negócios em alimentação, aponta que 43% dos consumidores entrevistados com certeza comprariam “comida gostosa, fresca e que ajude na imunidade, na minha saúde e da minha família”.

Imagem retirada da pesquisa realizada por Galunion e Qualibest “Alimentação na Pandemia, Como a COVID-19 impacta os consumidores e os negócios em alimentação – pág 29.

Principais tendências

De acordo com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), há dois milhões de pessoas no Brasil que sofrem de doença celíaca. E, colaborando ainda mais para o crescimento da procura dos produtos glúten free, estão as pessoas que, mesmo não sofrendo da doença, acreditam que uma dieta sem glúten traga inúmeros benefícios à saúde.

Outro público que está em constante crescimento é o que consome produtos vegetarianos. Uma pesquisa realizada pelo Ibope revela que 15,2 milhões de brasileiros se declaram adeptos do vegetarianismo, número que corresponde a 8% da população do país.

Conforme estimativas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os produtos vegetarianos são responsáveis pela maior parte do faturamento do segmento de produtos naturais, com cerca de 55 bilhões de reais ao ano.

Além desses números expressivos, é importante destacar que mais pessoas englobam o grupo dos consumidores de produtos vegetarianos, como aquelas que desejam reduzir o consumo de carne animal e são favoráveis a uma alimentação mais diversificada e saudável.

Além disso, a busca por uma alimentação mais saudável e pela melhora da imunidade no meio da pandemia do novo coronavírus ocasionou um crescimento no uso de suplementos alimentares.

Um estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres revela que, nos lares avaliados, pelo menos um morador recorria aos suplementos, sendo que os três tipos mais procurados foram multivitamínicos (28%), vitamina C (26%) e vitamina D (8%).

Munidos de toda a informação possível, os consumidores se sentem mais seguros de suas escolhas e do que será servido na mesa de suas famílias.

Opinião NutriConnection

Diante do exposto a NutriConnection acredita que todo esse cenário veio para ficar. Afinal, com a busca por um melhor estilo de vida, vem a preocupação com uma alimentação mais saudável e necessidade de fazer sua própria comida ou até mesmo buscar fora de casa opções mais saudáveis.

Diante dessa nova perspectiva, o segmento de alimentos saudáveis deve ganhar cada vez mais força e permitirá que as empresas expandam suas linhas de produtos para que eles não se limitem a um grupo de pessoas e possam ser consumidos por toda a população.

Todo este cenário traz uma nova perspectiva de inovação e diversificação – uma ótima oportunidade para as empresas do setor.

Leia também: Imunidade na Quarentena.

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