O mercado plant-based está em grande ascensão, tanto para as bebidas quanto para os alimentos. Além disso, existe uma forte tendência de aumentar ainda mais os consumidores preocupados com valores éticos, de sustentabilidade e saudabilidade na escolha dos produtos que levarão para casa
É por isso que há uma lacuna para empresas lançarem alternativas nas matérias-primas vegetais que supram a atual demanda desses indivíduos. O plant-based têm pista livre para alçar voos altos
Como somatória desse cenário favorável, outro ponto relevante para o mercado é que busca por uma dieta considerada mais equilibrada já chegou ao interesse dos brasileiros.
Uma pesquisa realizada pelo The Good Food Institute (GFI), apurada pela Food Connection, mostrou que a cada 10 brasileiros, 3 já estão reduzindo o consumo de alimentos de origem animal, sendo que a saúde é a principal motivadora para esse comportamento.
Dessa maneira, o grande desafio das marcas é buscar ingredientes que permitam a manutenção da qualidade do perfil nutricional dos alimentos, porém sem deixar de fora o sabor e a palatabilidade das opções que não usem fontes animais.
Nesse cenário, a empresa The New Butchers, uma startup de carnes plant-based possui boas opções de produtos vegetais análogos aos convencionais. O grupo conta com quatro produtos que simulam três proteínas diferentes: hambúrgueres de carne e de frango, filé de frango, e um filé de salmão.
O próximo grande passo que a The New Butchers pretende dar é conseguir reproduzir a proteína da carne de porco, que deve ser lançada nesse início de 2021.
Outra empresa que aproveita a efervescência do mercado plant-based é a chilena NotCo. Usando tecnologia de ponta por meio da inteligência artificial, o grupo consegue combinar digitalmente milhares de opções vegetais e chegar no sabor e consistência adequada em comparação aos convencionais.
Deixar os animais de fora da cadeia de produção alimentar não se limita apenas na recriação da carne. A NotCo, presente também no mercado brasileiro, conta com uma linha de análogos aos lácteos, a Notmilk, que utiliza a proteína da ervilha, fibra da chicória e até mesmo algumas frutas para reproduzir bebidas similares ao leite.
A NotCo também já produziu maioneses sem a utilização de ovos, além da recriação da proteína da carne através da NotBurguer. Em 2021, a foodtech expandiu sua linha de sorvetes com base vegetal, a NotIceCream com os sabores: café com Cacau, de caramelo salgado e de Cocada Cremosa.
Falar em Plant based está muito ligado a inovação e tecnologia. Empresas que buscam inovar são bem-vindas. A Startup 100 Food por exemplo, trouxe para o mercado uma linha de nuggets e hambúrgueres semelhantes aos de carne bovina e de frango feitos de ervilha amarela.
Os produtos da 100 Foods são livres de gorduras trans e contém 13g de proteína por porção. Elementos que dão aparência semelhante ao da proteína animal são obtidos com vegetais como a beterraba, por exemplo. Todas as fórmulas são desenvolvidas internamente e produzidas em indústrias parceiras.
Além de proteínas como o frango e a carne bovina, o mercado plant-based avança para recriar outros produtos que são do gosto dos consumidores.
A startup brasileira Fazenda Futuro, pioneira no País em “hambúrgueres vegetais” apresentou ao mercado a Linguiça do Futuro com objetivo de ser similar à carne suína a partir de ingredientes como ervilha, soja, grão de bico e beterraba.
O relatório NutriConnection das tendências de 2021 também aborda especificamente o mercado plant-based e outros grandes temas que farão parte do cenário da indústria alimentícia e sociedade.
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