Destacar no portifólio as vitaminas e minerais fortalece a marca e gera vendas
A pandemia de Coronavírus afetou os hábitos de grande parte da população. Sem poder sair de casa, ou praticar exercícios físicos regulares em academias ou mesmo ao ar livre, são crescentes os casos de pessoas sentindo alterações no metabolismo, fraqueza e queda da imunidade durante a quarentena.
Como alternativa para reverter uma possível queda na imunidade na quarentena, as pessoas estão buscando melhorar a alimentação e adquirir hábitos saudáveis diante do cenário de isolamento. Nasce dessa forma, uma oportunidade para as empresas reforçarem a produção e o marketing voltado para alimentos que ajudam na promoção ou no fortalecimento do sistema imune, visando atender a demanda que surge.
Entre as principais alternativas alimentares que podem ser reforçadas, as vitaminas e os minerais encontram papel de destaque. As empresas que têm no seu portifólio alimentos ou suplementos ricos em vitamina A, do complexo B, vitamina C, ácido fólico; ou minerais como ferro e zinco, contam com uma grande possibilidade de acrescer seus números de vendas no meio de um cenário desafiador como a pandemia.
Há inúmeras pesquisas que sugerem que a suplementação com micronutrientes pode reduzir o risco e a gravidade das infecções, além de promover uma recuperação mais rápida caso já exista algum problema de saúde latente. Nesse mesmo sentido, existe uma sabida inadequação desses elementos na alimentação populacional, sugerindo que as pessoas não conseguem se recuperar de forma plena dos seus problemas de saúde ao longo da vida.
As empresas de alimento, contando com um grande viés de possibilidades, podem reforçar os seus portifólios de produtos visando, por exemplo, incluir ou realinhar os principais alimentos com valor funcional em termos de imunidade.
Uma estratégia é ter como base, por exemplo, a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que mostra a carência e inadequação de nutrientes e alimentos fontes de:
Vitamina A – que apresenta prevalência de inadequação de 79,1% na alimentação de homens adultos com idade entre 19 a 59 anos – responsável por melhorar o ciclo da visão e pela manutenção da saúde da pele, é um dos micronutrientes mais estudados por nutricionistas do mundo inteiro
Vitamina B2 – que apresenta prevalência de inadequação de 15% na alimentação de mulheres com 60 anos ou mais – também conhecida como Riboflavina, é a vitamina responsável pelo processo metabólico de açúcares, gorduras e proteínas do corpo humano. Em casos extremos, a falta desta vitamina pode causar anemia.
Vitamina B12 – que apresenta prevalência de inadequação de 13,1% na alimentação de mulheres de 19 a 59 anos – ou cobalamina é uma das responsáveis pela produção de hemácias vermelhas do corpo humano.
Vitamina C – que apresenta prevalência de inadequação de 53% na alimentação de homens com 60 anos ou mais – a mais conhecida das vitaminas é a grande responsável por várias ações bioquímicas vitais para o organismo. Ela melhora o sistema imunológico, a pele, o humor e evita problemas oftalmológicos e derrames. O nutriente também conta com forte ação antioxidante, combatendo os radicais livres.
Ácido Fólico – que apresenta prevalência de inadequação de 46,5% na alimentação para mulheres com idade com 60 anos ou mais – também conhecido como folato, é necessário para funções como a síntese e reparação do DNA, divisão e crescimento celular, produção de novas proteínas, formação de hemácias. Ele é importante para saúde cardiovascular e do sistema nervoso.
Ferro – que apresenta prevalência de inadequação de 31,2% na alimentação para mulheres com idade entre 19 a 59 anos – fundamental para o corpo humano, o ferro é responsável pelo transporte de oxigênio no sangue por meio de uma hemoglobina existente nos glóbulos vermelhos.
Zinco – que apresenta prevalência de inadequação de 38,4% na alimentação para homens com idade de 60 anos ou mais – é um mineral importante, sendo essencial para que inúmeras reações químicas ocorram no organismo. Ele está presente em mais de 300 enzimas, intervém no funcionamento de certos hormônios e é indispensável à síntese de proteínas, à reprodução e ao funcionamento normal do sistema imune.
Nota-se que a alimentação dos brasileiros adultos e idosos passa por alguma ou total carência de determinados nutrientes e que em um cenário como o de pandemia, a tendência de a imunidade na quarentena ser afetada é ainda maior. Além disso, existe a oportunidade de se dirigir não apenas com um grupo específico, uma vez que as carências são amplas para sexo e idade. Assim as suplementações, alimentos com enriquecimento de nutrientes e novos remédios para manter a manutenção das vitaminas vitais podem ser o foco ideal.
Nesse sentido, é de grande conveniência para pesquisadores e desenvolvedores de novos produtos convertam seus esforços para equilibrar a demanda que o mercado brasileiro requer. Além do aumento potencial dos números de vendas, na pandemia, a imagem de marca que trabalha para solucionar problemas oriundos do COVID-19 ganha valor.
É o que aponta um estudo da Kantar Brasil Insights em que 88 % dos brasileiros acham que as empresas devem mantê-los informados dos esforços que estão sendo feitos para enfrentar a situação. Além de 86 % acreditam que as marcas devem se posicionar mostrando como são úteis na pandemia e 78 % ainda enxergarem como positivo que as empresas reforcem seus valores.
O consumidor brasileiro quer ouvir o que as marcas estão fazendo e como elas estão agindo para melhorar o cenário da pandemia, o que abre uma lacuna para investir nos alimentos e produtos voltados para aumento da imunidade na quarentena e promotores da saúde.
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